PT discute políticas públicas para comunidades dos terreiros

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) está realizando plenárias com diversos segmentos sociais, com o objetivo de fortalecer a pré-candidatura a governador do secretário de educação Antônio José Medeiros e, ao mesmo tempo, obter os subsídios necessários para formulação do Plano de Governo que o partido deverá apresentar para eleições de 2010.

Ontem à noite (terça 24-11) foi a vez do partido reunir as comunidades de terreiros, no auditório do DNOC`´s. Participaram do encontro, o secretário estadual da Fazenda, Antônio Neto, o presidente do PT, Fábio Novo, o presidente da Agespisa, Merlong Solano, a deputada Flora Isabel, a vereadora Rosário Bezerra e a esposa do secretário Antônio José, Francimélia Solano. Eles ouviram as reivindicações e prometeram reivindicá-las junto ao atual governo ou assegurá-la no plano de governo do candidato petista. “O nosso governo, estadual e federal, teve a coragem de discutir essas políticas e combater a discriminação contra essas comunidades. A própria Constituição defende a igualdade, independente da cor, raça ou opção religiosa. Portanto, vamos lutar para que essas políticas sejam cada vez mais justas e implementadas”, afirma o secretário Antônio Neto.

Uma das principais reivindicações é a criação do Centro de Referência para as comunidades de terreiros, que é um espaço destinado, principalmente, para oferecer cursos de capacitação profissional para essas comunidades, visando gerar emprego e renda para que possam exercer sua cidadania.

Eles ainda reivindicam mais acesso aos direitos básicos, como a saúde e à educação. Segundo os representantes dos umbandistas, o Programa Saúde da Família precisa também beneficiar essas comunidades.

O grupo ainda reivindica um projeto que possa reformar os terreiros. E ainda querem a isenção de IPTU para essas comunidades. O tema já foi objeto de uma audiência pública na Câmara, promovida pela vereadora Rosário Bezerra, falta ainda a sanção ou veto do prefeito Sílvio Mendes. As comunidades de terreiros também lutam pela igualdade religiosa contra o preconceito e a discriminação.

Depois da reunião com as comunidades de terreiros, o partido deverá reunir agora os grupos de GLBTTTs (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Simpatizantes), de mulheres, e dos negros e quilombolas.

Participaram da reunião, representantes de terreiros das cidades de Teresina, Parnaíba, Picos, Campo Maior, Piripiri, Valença, Lagoa do Piauí e José de Freitas.



Avanços

Apesar das reivindicações as comunidades de terreiros reconhecem que, pela primeira vez na história, seus direitos estão sendo discutidos e reconhecidos, e o Estado está dando esse apoio, inclusive quando criou um órgão que visa assegurar esses direitos, que é a Gerência da Diversidade Cultural e Religiosa, ligada à Coordenadoria de Direitos Humanos e Juventude.

Uma das iniciativas do órgão foi a realização de um mapeamento sócio, econômico e cultural de todos os terreiros, que hoje compõem a Rede Estadual de Terreiros.

Além da garantia dos direitos, o governo do Estado irá construir cerca de 100 casas para famílias que pertencem a essas comunidades e ainda contribuí com doações de cestas básicas para as famílias mais carentes.


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