Oscar: escolha com base na pesquisa estimulada pode levar a erro.

O presidente da Fundação Cepro, Oscar de Barros, declarou hoje pela manhã que seria erro e precipitação decidir por um candidato ao governo do Estado com base nas atuais pesquisas de intenção de voto. Ele argumenta que as consultas indicam que entre 60% e 73% da população ainda não escolheram candidatos, um número muito alto de indecisos, o que inviabiliza as pesquisas estimuladas.

“Definir alguém levando em consideração este item é levar a base governista para um possível equívoco, devido ao grande número de indecisos”, comentou Oscar. Ele acrescenta que as pesquisas qualitativas indicam que mais de 80% da população quer a continuidade do projeto encabeçado pelo PT, que mais de 80% aprovam o governador Wellington Dias e quase 90% apóiam o governo Lula. Diz ainda que a maioria da população do Estado (entre 80% e 90%) também votariam no candidato mais afinado com ambos.

“Quando passar a copa, que é quando a maior parte da população vai começar a definir seus candidatos, há uma forte tendência que buscarão alguém com perfil que mais se encaixe com a perspectiva de dar andamento ao projeto atual, afinado a Lula e Wellington. Colocar alguém fora deste perfil é empurrar para população um candidato goela abaixo. Alguém que a população não quer”, completa.

Por este motivo, Oscar de Barros defende que a candidatura de Antônio José Medeiros será a mais competitiva quando se aproximar o período eleitoral. “Ele está bem posicionado nas pesquisas, possui um desconhecimento muito grande. Na medida em que for se tornando conhecido com a campanha e as pessoas perceberem que ele é quem mais garante a continuidade deste projeto de desenvolvimento, sua tendência é de ascensão progressiva. O PT passou oito anos fazendo um governo que foi bem aprovado. O partido merece ser levado para o plebiscito popular. Se a população não quiser, não aprova. Mas ele tem que ser uma opção”.

Pesquisa IBOPE mostra que eleitores aguardam candidato mais afinado a Lula e Wellington Dias.

A pesquisa espontânea do IBOPE mostra que a grande maioria da população ainda não escolheu opção a governador e sugere que aguardam a definição do candidato mais afinado com Lula e Wellington Dias, pois 25% declararam que votam com certeza no candidato apoiado pelo governador e 45 no apoiado por Lula. 54% declaram que podem votar no candidato de Wellington, mas sem dar certeza, e 41% no candidato apontado por Lula, também sem dar certeza. Nos dois casos, o candidato deve passar segurança que irá dar continuidade ao projeto de desenvolvimento em voga – iniciado pela distribuição de renda e na promoção dos mais pobres.

A prova disto é que os candidatos aparecem com percentuais pequenos e diferenças mínimas entre eles.

Fonte: acessepiaui
Na pesquisa espontânea, onde não são apresentados nomes aos entrevistados, o prefeito Sílvio Mendes e o governador Wellington Dias aparecem empatados com 6%.

Veja o resultado:

Candidato de Wellington - O Ibope perguntou ainda se caso um candidato a governador do Piauí tivesse o apoio de Wellington Dias, como seria a reação do eleitor. 54% disseram que poderiam até votar no candidato do governador, mas não tem certeza, 25% afirmaram votar com certeza. 17% não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado por Wellington. Não sabem, 4% e não respondeu, 0%

Candidato de Lula - Com relação ao apoio do presidente Lula a um candidato a governador do Piauí, 45% dos entrevistados disseram que com certeza votariam em um nome apoiado pelo petista; 41% afirmaram que poderiam até votar, mas não tem certeza. Apenas 11% não votariam de jeito nenhum. Não sabe, 2% e não respondeu, 0%.

João de Deus: “apoio à companheira Dilma é imprescindível”.

Ao ser perguntado sobre o posicionamento da base aliada no cenário nacional, o deputado estadual, João de Deus, declarou que é imprescindível ao candidato da base aliada o apoio a candidatura da petista Dilma Russeff à presidência da República.

“O PT Nacional colocou que a prioridade zero do partido é a eleição da companheira Dilma. Desta forma, é inadmissível que o candidato a governador da coligação em que o PT estiver não apóie ou apóie mais ou menos a nossa candidata a presidente”, reiterou o deputado, que defende a candidatura do secretário estadual de Educação, Antônio José Medeiros.

Pesquisas.

Ele acrescenta que as pesquisas são fundamentais para a escolha do candidato da base aliada. Mas ressalta que as sondagens estimuladas refletem o momento e que as espontâneas estão mostrando que a grande maioria da população ainda não escolheu seu candidato.

“Há pesquisas espontâneas, uma de respeitado instituto nacional, indicando que mais de 80% da população ainda não tem candidato e ainda mostram percentuais e diferenças pequenos entre os citados. Mas estes dados não foram divulgados. Isso pode inviabilizar qualquer decisão tomada exclusivamente pelo critério da pesquisa estimulada. Ela é importante, mas, neste momento, não deve ser o principal balizador da definição do nome da base aliada, tendo em vista o gigantesco número de eleitores que ainda não tem candidato”, argumentou João de Deus.

Ele sugere que a maior parte da população está aguardando a definição do candidato mais afinado aos governos Wellington Dias e Lula, ambos do PT, que recentemente apresentaram aceitação superior a 90% no Estado. “Isso é praticamente óbvio. Não levar estes indicativos em consideração será perigoso”.